sexta-feira, 3 de abril de 2015

A Origem das Estrelas.



Nebulosas são regiões do espaço onde houve aglomeração de hidrogênio (por ser o elemento material de maior abundância), plasma e poeira cósmica, formando um tipo de grande nuvem feita destes componentes. Nebulosas escuras, por sua vez, são regiões onde tal aglomeração atingiu altíssima concentração (densidade), dificultando até mesmo a passagem da luz. São essas nebulosas que são responsáveis pela criação das estrelas - são o Berço Estelar.


Tudo começa quando certas partes da nebulosa acumulam maior quantidade de hidrogênio, plasma e poeira, certas vezes se desprendendo da nebulosa maior, são as nuvens moleculares (nebulosas de menores dimensões), tipos de pequenas "Bolsas", provenientes da nebulosa principal.
Os tamanhos e densidades relativamente diminutos das nuvens moleculares permitem a criação de moléculas, em predominância a molécula de Hidrogênio
Obs: Como apenas uma nebulosa pode formar muitas nuvens moleculares e logicamente muitas estrelas, as estrelas recém-formadas acabam por orbitar uma a outra, são os chamados Sistemas Binários de Estrelas..


O Colapso Inicial


Estas nuvens moleculares passam a girar em torno de si mesmas sobre um núcleo extremamente denso, onde se concentram a maior parte do hidrogênio da nuvem molecular, que acaba por atrair cada vez mais moléculas de hidrogênio, que começam então a se aglomerar, aumentando constantemente a densidade (e consequentemente a temperatura e a pressão) no núcleo da nuvem. Quando enfim se alcança o equilíbrio hidrostático, isto é, quando a pressão entra em equilíbrio com a força de expansão do núcleo (devido à quantidade de moléculas de hidrogênio), formando então o primeiro estágio da vida de uma estrela: A Protoestrela.



A Maior Proeza


Após o colapso inicial da nuvem molecular, isto é, a formação da Protoestrela, esta absorve cada vez mais massa do exterior e, desta forma, cresce gradualmente de tamanho, sem cessar o aumento da temperatura no núcleo (apesar da pressão estar equilibrada). Este aumento fará as moléculas de hidrogênio se dissiparem, e portanto a força de expansão perdera o equilíbrio e consequentemente terá fim o equilíbrio hidrostático, e a pressão da gravidade sobre o núcleo será novamente predominante, colapsando novamente a Protoestrela.
Com os átomos "desprendidos" das moléculas, eles só voltarão a se encontrar quando o tamanho do núcleo estelar ser bem menor, o que fará os átomos de hidrogênio se encontrarem novamente. No entanto, a altíssima densidade e temperatura não permite a formação de moléculas, mas sim novos choques entre, desta vez, átomos. Assim, inicia-se a fusão nuclear no núcleo da estrela, que provoca nova força de expansão, causada pela radiação emitida pelos choques atômicos. 
Assim, alcança-se novamente o equilíbrio hidrostático.
Obs: Caso a Protoestrela não conseguir mais matéria exterior (por causa, talvez, da região em que se encontra), ela não crescerá e também não terá sua temperatura aumentada, e consequentemente não iniciará a fusão nuclear e se tornará, portanto, uma anã-marrom.

O início da fusão do hidrogênio em hélio faz com que as estrelas comecem a executar sua maior proeza: Brilhar.
A Fusão nuclear marca a passagem da Protoestrela para uma estrela, estabilizando o núcleo da estrela e conseguindo finalmente o absoluto equilíbrio. Desta forma, a nova estrela começa sua juvenilidade.


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